Proibição de fogos de artifício com efeitos sonoros tem apoio da população

por Sabrina Costa Dias publicado 11/05/2022 11h30, última modificação 11/05/2022 16h56

Empatia. Este foi o tom da audiência pública realizada na noite desta terça-feira (10/05), no Plenário da Câmara de Timóteo, que debateu a proibição da soltura de fogos de artifícios com efeitos sonoros no município. Aprovada através do requerimento 014/22, de autoria dos vereadores Adriano Alvarenga, Raimundinho e Wladimir Careca, a sessão discutiu a questão para dar um formato mais adequado ao projeto de lei 4.406, que aborda o tema e está em tramitação no Legislativo Municipal.

Para o vereador Adriano Alvarenga, a audiência cumpriu sua finalidade de ouvir representantes dos grupos diretamente afetados pelo estouro dos fogos de artifício com estampido. “Tivemos a participação da Polícia Militar, que se posicionou favoravelmente, inclusive com a realização de ações ostensivas para coibir a prática uma vez que a lei for aprovada. Contamos com a presença do Corpo de Bombeiros que relatou sobre socorro às vítimas e sobre os danos ao meio ambiente; a APAE e a ONG Amor Azul, voltada às pessoas com espectro autista, que apontou o quanto elas sofrem. Então tivemos um apoio importante para dar prosseguimento ao projeto de lei”, destacou.

Manifestações

Todos que participaram da sessão se manifestaram favoravelmente à proposta. “Sensibilizar com a dor do outro é um passo importante para que sejam criados mecanismos de solução de situações desafiadoras para alguém, ainda que não sejam um problema para mim”, ponderou Vânia Lamas, presidente da Apae.

Para o presidente do Conselho dos Pastores de Timóteo, Pastor Geraldo Frederico, o debate foi muito válido. “Quem não sofre como crianças, animais, pessoas com espectro autista, idosos, precisa ter empatia e entender o quão eles são atormentados pelo estouro dos fogos de artifício. O que para muitos é algo normal, para eles não é. Por isso, apoiamos esta iniciativa”, destacou.

Também presente à audiência, o vereador Fabiano Ferreirah comentou sobre a questão em pauta. “É preciso dar voz às pessoas que sofrem com o estampido dos fogos de artifício para que elas relatem suas experiências e falem sobre o tema. Esta discussão teve papel importante para que possamos votar o projeto com mais tranquilidade”, defendeu.

Votação

Sobre os encaminhamentos definidos na audiência, Adriano Alvarenga destacou a inclusão de ações educativas no PL 4.406, que tramita no Legislativo Municipal. “Todos os atores presentes contribuirão para a confecção de uma cartilha explicativa, com o apoio do Poder Público Municipal. É preciso que nos coloquemos no lugar do outro para entender o quanto algumas pessoas e animais sofrem com o barulho provocado pelos fogos de artifício com efeitos sonoros”, destacou.

Com relação à expectativa da aprovação do projeto, o vereador afirmou que conversará com o presidente da Casa, Luiz Perdigão, para que a matéria seja votada já na próxima reunião ordinária, agendada para o dia 19 deste mês. “Acredito que o projeto será aprovado por unanimidade no Plenário, uma vez que a manifestação popular foi totalmente favorável. Vamos contar com o Executivo para fiscalizar a lei, e com a PM e Corpo de Bombeiros para desenvolver campanhas educativas que conscientizem a população”, finalizou.